sábado, maio 10, 2008

My yellow room

Hoje sinto-me como estreante em cima do palco, ou como trabalhador ausente que reaparece sem justificação...
Há alturas em que me tem apetecido muito escrever, fazer deste blog o meu "quarto amarelo" onde me "desboco", onde grito, onde risco as paredes ao sabor do momento... (Já agora, alguém me faz o obséquio de me ajudar a "pintar" o blog de amarelo?)
Mas quando contamos segredos, somos mais vulneráveis...
Mas também quando dizemos verdade, somos mais livres...
Tenho andado com dores. A maior parte de crescimento. Olhando retrospectivamente para há 6 meses atrás, sinto-me maior dentro dos meus 1,60 m.

domingo, novembro 11, 2007

Vou-te contar um segredo....



Há dias em que me sinto com super poderes, em que me sinto uma espécie de super-herói daqueles tirados da B.D. Há dias em que me apetece fugir, em que me apetece gritar ou simplesmente virar costas e nem responder. E há dias em que me recordo do momento em que interiormente decidi que queria ser médica. Não foi num daqueles dias de super poderes.
Não pensei em estatutos, em qualidade de vida, em bons ordenados, em porches ou casas com piscina, nem em reconhecimento por contributos em avanços na ciência. Imaginei que se um dia mesmo que tudo o resto falhasse na minha vida, seria feliz a cuidar dos que sofrem.
Nunca esperei coisas extraordinárias na minha vida, e considero ser já uma pessoa exigente ao esperar ter uma vida simples e feliz (seja isso lá o que fôr).
E entre o medo que me abarca agora, de ter de decidir não o que quero 'fazer', mas antes o que quero 'ser' "quando fôr grande", veio-me à cabeça o Dr. M. quando me disse - Não vás para M.I. que ainda vais perder esse teu lindo sorriso!
Na altura sorri e ignorei, hoje se pudesse respondia-lhe: Oh M. não digas isso, quando construímos uma casa, não podemos esperar viver lá só momentos de alegria, mas só a ideia de a estarmos a construir... como é que não se sorri?

quinta-feira, novembro 01, 2007

Liguei o complicómetro

Eu sei que sou uma miúda complicada.
Viajo ao lado do condutor, recostada no meu banco, num misto de consternação e contemplação pelo que me rodeia. Observo o trânsito – aparentemente demasiado complicado para mim. Para mim, que ainda não venci uma certa aversão a conduzir em auto-estradas. Já confessei (ao condutor) que tem, a meu ver, uma condução agressiva, que contidamente me irrita – afinal vou de boleia. Aqui (ali) definitivamente tinha medo de conduzir, provavelmente iria quase sempre pela faixa da direita, o que no fundo deve reflectir também uma forma de estar na vida. A minha forma de estar na vida – arrisco pouco, será? Não sei. Sei sim que sou uma miúda complicada.
À minha volta tudo ganha enormes dimensões, desproporcionais mesmo. E sinto-me pequena, encolhida, um Zé - ninguém. Não me sentiria segura se vivesse aqui, paradoxalmente porque acho que em última instância tenho de me sentir independente, capaz de pelo meu próprio pé aos sítios que me forem mais necessários e queridos. Porquê? Eh pá, porque os carros avariam, porque às vezes há greve de transportes, porque simplesmente gosto de andar a pé. Porque sou uma gaja complicada, pronto!
Em jeito de resposta por ter chamado a alguém de “filhinho da mamã”, recebo um “ah e tal mas tu também não consegues largar a tua família”. E eu sinto as lágrimas a virem-me aos olhos e respondo que “não é bem isso, tu não percebes…” Não percebes o que é estar no meio de uma tempestade e não ter ninguém a quem ligar a pedir se me pode ir buscar. E eu raios, já sou adulta, também não se morre por se atravessar uma mini tempestade, mas é triste percebes? É triste não estar confortável sozinho em casa por algum motivo e consciencializares que todos os teus “santuários” estão a muitos quilómetros de distância.
Sou uma menina de nariz empinado, aparentemente muito dona de si, mas uma menina que precisa de sentir fortes alicerces por debaixo do chão que pisa.
Na vida há muitas relações mutáveis, muitos interesses díspares, muitas circunstâncias inesperadas, que num dia de menos alento conduzirão o nosso espírito a sofregamente desejar habitar os nossos “santuários”. É um negócio de alto risco abandonar-se estes “santuários”, não sabendo como os encontraremos após tempestades ou dias de tórrido calor passados na nossa ausência.
Não me sinto uma pessoa de negócios de alto risco. Sou definitivamente uma miúda complicada…

segunda-feira, outubro 01, 2007

E porque hoje é o Dia Mundial da Música...


Deixo aqui um dos infindáveis momentos únicos que esta arte nos proporciona.
Se alguém conseguir ouvir sem arrepiar um único pelinho do corpo, é favor comunicar o fenómeno :)




Giacomo Puccini - Nessun Dorma

Nessun dorma! nessun dorma!
Tu pure, o, principessa,
Nella tua fredda stanza,
Guardi le stelle
Che fremono d'amore
E di speranza.

Ma il mio mistero e chiuso in me,
Il nome mio nessun sapra!
No, no, sulla tua bocca lo diro
Quando la luce splendera!

Ed il mio bacio sciogliera il silenzio
Che ti fa mia!

(il nome suo nessun sapra!...
E noi dovrem, ahime, morir!)

Dilegua, o notte!
Tramontate, stelle!
Tramontate, stelle!
All'alba vincero!
Vincero, vincero!

terça-feira, agosto 21, 2007

Férias...




Este verão não é como os outros… O tempo anda como o mundo (louco), e o mundo parou no tempo… entrou em slow motion, como de costume por estas alturas. Mas ao contrário do costume, não tenho férias grandes, mas passei uns diazitos que foram umas grandes férias. Onde? Não fui para a Jamaica, nem para o Novo México, nem para essas bandas, mas também tive direito ao meu tufãozinho (Looooool). É que lá na terra dos moliceiros têm uma maquineta de fazer vento, e do bom!
Quando se vai de férias o que é mais importante? Não é o alojamento, não é o meio de transporte, nem o destino, nem não esquecer nada na bagagem, nem o mesmo o calçado confortável – é a companhia, e essa não podia ter sido melhor (KFU ;-) ).

Agora deixo alguns modestos conselhos para quem escolher este destino para passar uns certamente agradáveis momentos de pausa:

- Se precisarem de um mapa da cidade, dirijam-se ao posto de turismo, que é de fácil acesso no centro, mas peçam um mapa para cada um, para não haver cá discussões (lol).
- Se descobrirem como ir para o Fórum est´´a tudo safo. É o centro do mundo! Lol.
3º - Não sei se são os melhores Ovos Moles da terra, mas foi o que me disseram, e são realmente divinais – ficam na Rua Jorge Lencastre, nº 37.
- Levem casacos, e há noite dos quentinhos, porque a maquina de fazer vento está normalmente a funcionar no modo Cold.
- Não saiam de lá sem comer uma Tripa! Férias são férias, a dieta fica para outra altura.
6º - Não façam como eu, e quando virem um moliceiro a preparar-se para partir atirem-se lá para dentro! Deve ser uma viagenzinha mui agradável.
7º- Segundo fonte segura, o restaurante in é o Mercado do Peixe. Bom atendimento, decoração agradável e refeição saborosa!
8º- A chornice, é uma coisa que combina com férias. Misturem a companhia ideal, com as paisagens da Ria da terra, ponham uma pitada de vento, e salpiquem de sol e vão ver o resultado… Ui ui…. :P

quinta-feira, junho 21, 2007

Keep Breathing...

O chão desaparece-nos debaixo dos pés e esquecemo-nos da direcção em que caminhávamos.Sentimos o coração a bater forte, mas ao contrário de tantas outras vezes isto incomoda. Não é a vida que sentimos em cada batimento, mas medo...
Não choramos, sentimo-nos sim a afogarmo-nos em nós próprios, e percebemos que o que nos resta nesta suspensão de tudo, é continuar a respirar...


terça-feira, junho 12, 2007


Hoje cheguei ao trabalho e estava lá isto no ambiente de trabalho de um dos pc's e pensei cá comigo - Ainda bem que estou em processo de aprendizagem de "Como não querer saber do que os outros (a grande maiorioa dos outros) pensa de mim". De qualquer modo ainda sou tão "pequenina" que isto nem se aplica bem a mim.